Aprender Medicina na América Latina

A América do Sul é um universo de contrastes, de si para o mundo e de si para [e entre] si; e de tanto contraste, surge a inevitável curiosidade pelo que se passa no plano do Ensino Médico no outro lado do Atlântico. Da Argentina, Chile, México, Brasil e Costa Rica chegam à FRONTAL testemunhos de estudantes de Medicina américo-latinos, que nos relatam em primeira mão alguns factos quanto ao ingresso no curso, estágios e plano curricular e, como não poderia deixar de ser, acesso à especialidade, revelando-nos um ensino que se tenta adequar à realidade de cada país, moldado pela escassez de recursos e pelas patologias locais.

Am. Lat

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Argentina

A Argentina é um caso particular em termos de ingresso, segundo conta Stéfano Fiorani, de 19 anos, que, para já, ainda não é um estudante de medicina, mas um candidato em vias de, isto porque na Argentina é exigido

Stéfano Fiorani
Stéfano Fiorani

que todos os pretensos façam um ano zero, após o qual será feita uma seleção geral dos 250 melhores alunos, e só estes poderão iniciar o curso numa Universidade pública argentina. Há cerca de 3000 candidatos, tornando o ingresso em Medicina muito difícil.

Quanto ao curso em particular, Stéfano refere haver “cadeiras semestrais (duram 4 meses) e anuais, embora estas últimas sejam raras; aqui também se exige especialidade para se poder ter autonomia, o que acontece após 6 anos de curso e pode durar, em média, 3, 4 ou 5 anos, não mais”.

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Brasil

Diego Saraiva Felipe, 22 anos, mora em Fortaleza, e faz um relato praticamente em discurso direto sobre o estudante de medicina brasileiro, a saber: “O ingresso se dá por duas vias: ou prova nacional (ENEM), constituída de 2 dias de prova, 180 questões (objetivas -abcde) e uma redação. Esse é o método para a maioria das faculdades públicas, onde após a divulgação dos resultados é que se procede, durante 4 dias, as inscrições para todos os cursos (medicina, engenharia, direito, etc) das Universidades, com as ‘trocas de opção’ sendo totalmente livres durante o período. Ou, no caso das universidades particulares, existe o chamado Teste Vestibular; cada instituição tem seus métodos para a prova, podendo ser realizada em fase única, duas ou até três fases. No caso de fase única, normalmente é uma prova objetiva de 60 questões e uma redação. Em duas fases, a primeira fase normalmente se constitui numa prova de 60-80 questões, objetivas, e a segunda fase de provas discursivas (ou mistas, contendo questões discursivas e objetivas) e uma redação.

Para o ingresso no ensino superior, a verdade é que não há uma regulamentação muito fixa. Mas uma coisa é igual para TODAS as instituições: o histórico escolar/currículo do aluno não é considerado.

Diego Saraiva Felipe
Diego Saraiva Felipe

O sistema de ensino nas universidades também varia bastante, apesar das diretrizes nacionais serem bastante similares: enquanto as instituições particulares, em geral, se baseiem mais no PBL (Problem Based Learning), a organização das instituições públicas quanto ao ensino médico pouco têm mudado nos últimos 50 a 60 anos, ainda utilizando sistema de cadeiras e dependências” – note-se que, em Portugal, o PBL também não existe em todas as faculdades, muito menos na FCM, onde vigora com toda a força o sistema de cadeiras. Por isso mesmo, Diego explica em que consiste cada uma das etapas que permitem ao aluno aprender segundo este método: “Ele  [PBL] baseia-se no aprendizado independente, onde os professores atuam mais como guias do que como ‘apresentadores de assunto’. Aqui, na UNIFOR (onde estudo), o sistema é baseado em Grupos Tutoriais, compostos por 10 alunos e um professor, consitindo consiste na leitura de casos clínicos e contém as seguintes etapas:

  1. Leitura do Caso;
  2. Busca de termos desconhecidos no texto (ex: caso alguém não saiba o que é hidrofobia, e tal termo apareceu no texto.) Se algum aluno souber, explica-o resumidamente aos outros. Caso não saiba, fica a critério do professor se explica ou se coloca como ‘objetivo de estudo’ (etapa mais a frente);
  3. Definição do problema: nessa etapa, os alunos discutem entre si qual o problema real do paciente, apresentando hipóteses diagnósticas e/ou um resumo do caso. Durante o ciclo básico (2 anos iniciais) normalmente o ‘problema’ é saber diferenciar o fisiológico do patológico, com ênfase no estudo do primeiro;
  4. Chuva de idéias (Brainstorm). Aqui os alunos levantam hipóteses diagnósticas e, diferentemente do passo 2, explicam-nas baseadas em conhecimentos prévios. Também exploram conhecimentos ‘básicos’ de fisiologia e quaisquer outros que se apliquem ao caso. O ‘importante’ é colocar o máximo possível de conhecimento, para basear (‘ancorar’ é o termo corrente) o que será aprendido em conhecimentos anteriores;
  5. Elaboração do Mapa Conceitual: Um exemplo de mapa conceitual é este. É onde serão organizados os conhecimentos demonstrados na chuva de idéias, para facilitar o aprendizado e esquematizar a discussão realizada até aqui;
  6. Definição de objetivos: os alunos discutem entre si objetivos de aprendizagem (‘assuntos a serem estudados’) tendo como guia do quanto aprofundar em cada objetivo a taxonomia de Bloom; os professores possuem os objetivos de aprendizagem ‘guias’, e a partir deles checam se os alunos cobriram todos os objetivos propostos. Então dá-se o encerramento da sessão de ‘Análise’ do GT (Grupo Tutorial). Os gts acontecem ou seg-qui, para alguns semestres, ou ter-sex, para outros, sendo, em cada dia, primeiramente o encerramento do GT anterior e a abertura de um novo GT no segundo tempo de aula. ou seja, um GT aberto na terça, fecha na sexta. E aberto na sexta, fecha na terça;
  7. Depois da etapa 6, os alunos vão para casa, retornando alguns dias depois (como já dito), com os objetivos estudados segundo fontes confiáveis (Medicina Baseada em Evidências). A sessão de fechamento (encerramento do GT) inicia-se pela leitura das fontes que cada aluno utilizou. São aceitos livros textos (normalmente, até 10 anos de publicação), artigos científicos (5 anos de publicação ou artigos ‘divisores’) fontes de sites e/ou material do Ministério da Saúde ou secretarias estaduais/municipais de Saúde, sites de Universidades, teses de mestrado/doutorado/phd, e afins;
  8. Após a leitura das referências, inicia-se a discussão dos objetivos de estudo, como uma ‘conversa temática’, onde todos podem e devem participar, mostrando os conhecimentos adquiridos relativo a cada objetivo. Normalmente, ‘respondemos’ aos objetivos, dividindo um grande tema (ex: amadurecimento puberal) em partes menores (nos meninos, nas meninas, fisiológico x patológico, alterações somáticas, alterações genitais, alterações psicológicas, avaliação do amadurecimento, etc);
  9. Revisita do mapa conceitual. É de praxe a ‘reutilização’ do mapa feito na análise, onde inserimos conceitos novos aprendidos, corrigimos eventuais erros cometidos e sintetizamos o conhecimento que possuímos sobre o assunto. Ao final de cada sessão (análise e fechamento) nos avaliamos uns aos outros, por nota, em papel a ser recolhido para cálculo da média. O professor também dá notas aos alunos e, quase sempre, ambas as avaliações (dos colegas e do professor) são sigilosas.
[pullquote align=”right”]Enquanto as instituições particulares, em geral, se baseiam mais no PBL (Problem Based Learning), a organização das instituições públicas quanto ao ensino médico pouco têm mudado nos últimos 50 a 60 anos, ainda utilizando sistema de cadeiras e dependências.[/pullquote]

Normalmente, cada ‘campo’ de conhecimento (imunologia, embriologia, endocrinologia, etc) possui cerca de 8-9 GT’s (16-18 sessões), compreendendo cerca de 5 semanas para o aprendizado do assunto. Após isso, temos um Teste Cognitivo, que avalia a totalidade dos conhecimentos adquiridos, e que é ‘montado’ pelos Tutores (nome que os professores que orientam os GT’s recebem), de acordo com o observado na turma.”

Já no campo do Internato Médico, Diego é claro: “O Internato Médico é responsabilidade de cada instituição, e sempre constitui 24 meses finais da universidade. No geral, é composto por estágios em ‘grandes áreas do conhecimento médico’, no serviço público de saúde. A saber: Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria (1ª área), Cirurgia, Traumatologia e Emergência (2ª área), Saúde Mental e do Idoso (3ª área) e Clínica Médica e Medicina de Família (4ª área). Ao fim desse período, e se concluído com aproveitamento suficiente, dá-se a colação de grau e formatura dos novos médicos.

A estruturação básica do curso de medicina, no Brasil, é: 2 anos de ciclo básico (anatomia, fisiologia, histologia, bases de patologia, neurologia básica, etc), 2 anos de ciclo clínico (infectologia, oncologia, etc etc) e 2 anos de internato. Sempre, o período mínimo de formação é de 6 anos.

Para iniciar a residência médica é necessário fazer uma seleção (feita em cada instituição (ou instituições, caso estas se agrupem para a seleção)) que se constitui quase sempre em algumas etapas: provas (teórica e prática), análise de currículo e, também, entrevista. Normalmente, a residência médica é ofertada por convênios entre a instituição de ensino e hospitais (públicos ou particulares).”

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Chile

Sebastián Castro
Sebastián Castro

Sebastián Castro nasceu em Rancagua, mas, desde que iniciou o curso de Medicina, vive em Santiago, capital chilena. Relativamente ao ingresso universitário geral do seu país, Seba conta:  “No Chile, para entrar na Universidade, qualquer que seja o curso, deve sempre fazer-se a Prueba de Selección Universitaria (PSU), com a qual, de acordo com a pontuação adquirida, mais a pontuação de quatro anos de educação média, se pode aceder a um curso em particular”; também no Chile, à semelhança do que acontece em Portugal, o esquema de vagas a preencher de acordo com a pontuação vigora. Na Universidad de Chile, onde Sebastián estuda, há 180 vagas anuais para Medicina. E acrescenta: “Aqui [no Chile], o sistema universitário divide-se em Universidades Tradicionais (estatais e algumas privadas) e Não Tradicionais (todas privadas), sendo as primeiras mais procuradas; é um sistema teoricamente sem fins lucrativos”, na prática, afirma, “muitas Universidades utilizam certas manobras para ganhar benefícios, o que gerou uma série de manifestações para alcançar uma Educação gratuita e de qualidade providenciada unicamente pelo estado”; no entanto, o que acontece é que o ensino superior, onde se inclui particularmente o da Medicina, fica vedado a uma certa elite: “quem pode pagar tem educação, quem não pode, não tem como aceder”.

“No que respeita à Medicina, o curso dura 7 anos, 5 que incorporam tanto ramos práticos como teóricos, e 2 de internato”.

Gerardo Vicencio, estudante na Pontifícia Universidad Católica, foi mais específico quanto à PSU, revelando que para estudar Ciências da Saúde é preciso fazer Matemática, Ciências e uma Língua. A Universidade de Gerardo exige uma classificação excelente na PSU, sendo uma das mais exigentes e procuradas do país.

Quanto ao plano curricular universitário, Gerardo revela que “Começamos por estudar as cadeiras de Ciências Básicas durante 5 semestres, incluindo: Anatomia, Cálculo, Bioestatística, Física, Química, Biologia, Histologia, Microbiologia, Saúde Pública, Anatomia Patológica e Fisiopatologia, Neurofisiologia e Neuroanatomia, Psicologia, Farmacologia, História da Medicina, Bioética e Filosofia. Após estes, os 5 semestres seguintes são de prática clínica em Hospital, em que

Gerardo Vicencio
Gerardo Vicencio

os médicos são os professores e temos de trabalhar com doentes reais; nos últimos dois anos, que são de internato, trabalhamos já como médicos a sério, e praticamente vivemos no hospital”; até aqui, nada de surpreendentemente diferente da realidade do estudante de Medicina português, no entanto, é no ingresso e escolha da especialidade que as coisas se tornam realmente diferentes: “Para chegar à especialidade, é preciso ter em conta a pontuação obtida na EUNACOM (Examen Único Nacional de Conocimientos de Medicina – prova exclusiva do Chile para acesso à especialidade médica, posto em prática pela Asociación de Facultades de Medicina chilena, que testa todos os conhecimentos práticos e teóricos mínimos esperados de um médico geral). Além desta prova, são tidas em consideração as notas dos 7 anos de curso, publicações de investigação realizadas, congressos a que o candidato assistiu, etc.” Ao contrário de Portugal, contudo, é possível exercer-se a prática de Medicina Geral sem para isso precisar de especialização: “podes ser Médico Geral de Zona, o que significa trabalhar uma certa quantidade de anos numa localidade rural como médico geral, o que dá pontuação para depois ingressares numa especialidade”.

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Costa Rica

Da Costa Rica, chega-nos a colaboração de Marco Castro: “Na Costa Rica, a única universidade pública que tem Medicina entre a sua oferta educativa é a Universidade da Costa Rica (UCR), que é a melhor universidade por cá. Porém, há várias universidades privadas que têm Medicina, mas em nenhuma o curso é tão

bom como na UCR”. Este esquema é diametralmente oposto ao português, uma vez que em terras lusas o ensino privado da Medicina não é [por enquanto] autorizado, limitando à partida o ingresso na carreira médica.

“Na UCR, o processo de  selecção é baseado numa série de testes standard para todos os candidatos, independentemente do curso que queiram iniciar. O teste consiste em questões de lógica (metade de matemática, metade de textos), absolutamente inespecíficas. Os resultados deste teste variam entre 0 e 800, mas a pontuação final para efeitos de candidatura inclui em 50% a média final do Ensino Secundário. No caso de Medicina, a pontuação mínima para se ser admitido na UCR varia entre 680 e 740, dependendo do número de candidatos”. [pullquote]Na UCR, o processo de  selecção é baseado numa série de testes standard para todos os candidatos, independentemente do curso que queiram iniciar, com questões de lógica (metade de matemática, metade de textos), absolutamente inespecíficas.[/pullquote] Cerca de 100 é o número de alunos que, por ano, consegue um lugar no curso de Medicina da única Universade pública costarricense.

À semelhança de Portugal, “o curso dura 6 anos, que incluem o internato”, no entanto, o grau de Bacharel ainda faz parte das competências adquiridas, sendo ainda curioso verificar que no plano curricular se incluem cadeiras como “Curso de Arte”, “Actividad Desportiva” ou “Cálculo”, naquilo que parece ser um apelo a outras capacidades do estudante.

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México

Viktor Barrera, de 19 anos, começa por dizer que dada a variedade do estudo da Medicina no México, é muito difícil falar sobre o mesmo: “a maioria das escolas têm 5 anos de Medicina mais 1 ano de Serviço Social, algumas, como a minha (Facultad de Medicina UADY), têm 6 anos de curso e 1 de Serviço Social”. Quanto ao plano de estudos, Viktor refere já haver alguma uniformidade nas escolas mexicanas, pois “o que prevalece em todas, nos dois primeiros anos, são as Ciências Básicas Morfológicas (Anatomia, Embriologia e Histologia) e Fisiológicas (Fisiologia e Farmacologia)”. Muitas

Viktor Barrera
Viktor Barrera

faculdades – como é o caso da UADY – têm cadeiras de teor social, como Antropologia e Psicologia, e cadeiras de investigação, “que servem para fazer dos médicos profissionais humanos e com critério científico”. “Os anos seguintes são dedicados às Ciências Clínicas mas, primeiro, há que fazer um 3º ano de introdução à clínica, que só existe nas faculdades em que o curso tem a duração de 6 anos; durante este ano, o estudante faz serviço em Unidades de Medicina Familiar e aí pratica o trato social do doente e aprende técnicas médicas de base. Aprendemos a interactuar. No 4º ano (ou 3º, dependendo do plano de estudos), passamos a ir ao hospital duas noites por semana ou três dias por semana, para ajudarmos os internos. No 5º/4º ano, passamos metade do tempo lectivo no hospital e outra metade nas aulas teóricas, e no último ano trabalhamos como internos, o centro de aprendizagem é exclusivamente o hospital, cumprimos o trabalho de um médico já formado e o período de trabalho é decidido pelo hospital: podem calhar jornadas curtas de 12 horas, ou mais longas, de 36 horas; este é o ano mais absorvente de todo o curso.”

Quando questionado sobre o tempo de Serviço Social, Viktor informaque o mesmo “corresponde a um ano de trabalho em clínicas de comunidades indígenas, povoações e lugares pobres, sendo um ano obrigatório em que se supõe que devolvas ao povo mexicano o que o governo gastou com a tua educação” – obrigatório para quem estudou medicina, e obrigatório para quem tenha terminado qualquer outra licenciatura no México, como Viktor reforçou.

O curso de Medicina é concluído por diferentes meios, consoante decisão da  Universidade em causa: “uma classificação mesmo muito alta, um projecto de investigação em forma de tese ou um exame nacional final; a UADY exige um projecto de investigação”.

Uma das coisas mais interessantes que Viktor menciona – e que reflecte perfeitamente a realidade social mexicana – é a finalidade última do método de ensino do seu país e da restante América Latina: “Aqui, o ensino médico centra-se fundamentalmente no desenvolvimento das habilidades clínicas dos médicos, ensinam-nos que o mais importante é a clínica e a capacidade de dedução, a medicina baseada nas evidências. Praticamente nos ensinam a trabalhar com os mínimos recursos materiais e, ainda assim, obter bons resultados.” “[pullquote align=”right”]Aqui, o ensino médico centra-se fundamentalmente no desenvolvimento das habilidades clínicas dos médicos, ensinam-nos que o mais importante é a clínica e a capacidade de dedução, a medicina baseada nas evidências.[/pullquote]Acrescenta ainda um outro facto importante, desta vez sobre o método cubano: “Há lugares, como Cuba, cuja educação se centra na medicina preventiva, o que tem influenciado também a educação mexicana que, a pouco e pouco, começa igualmente a apostar mais no ensino de técnicas preventivas. Cada vez tem mais em consideração que existe uma grande variedade de climas, etnias e raças, o que fez incluir no plano de estudo cadeiras específicas sobre Doenças Tropicais, Zoonoses e coisas do estilo”.

Nalyeli Linares
Nalyeli Linares

A boa notícia é que no México o ensino público prevalece face ao privado, e apesar de ser igualmente difícil ingressar, há no mínimo um grupo mais lato de eventuais candidatos.

Quanto à residência médica, é Nadyeli Linares, estudante em Coyocán, quem explica que, para aceder, “basta aprovação no Examen Nacional de Aspirantes a Residencias Médicas – ENARM, realizado online, que consta de 450 perguntas estruturadas na forma de casos clínicos; destas 450, 405 são escritas em espanhol, enquanto 45 estão em inglês; estima-se que os alunos percam um minuto por pergunta”. Parece fácil?

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Ana Luísa tem 22 anos e frequenta o 5º ano da FCM-NOVA, desde setembro de 2010. É natural de Caldas da Rainha, mas foi na vila da Benedita que completou o ensino secundário. Hoje, além de estudante de Medicina, é voluntária na Liga Portuguesa Contra o Cancro e Editora-geral da FRONTAL, onde já foi colaboradora e editora da secção de Cultura da revista (Para Inspirar) e do site. Fez parte da comissão organizadora do iMed Lisbon 2014 e interessa-se por viagens em geral - reais e irreais - além de tantas outras áreas diversas em particular, o que sempre levantou dilemas na hora de decidir o que fazer no futuro; o Ser Humano no seu todo é, contudo, o grande interesse que poderá sumarizar os restantes - o Cérebro, a Literatura, a Filosofia, a Natureza – e justificar a sua atual escolha.

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