Um estudo de investigação da FRONTAL junto dos funcionários e responsáveis da Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas. Quem não quer conhecer os novos edifícios da FCM e a sua nova biblioteca?
Uma das referências mais antigas que se conhece sobre o espaço dedicado à biblioteca da FCM-NOVA foi na 3.ª edição do jornal associativo “10 de Abril”, publicada em novembro de 1978. Na época, era sentida a preocupação em relação ao aumento dos numerus clausus e o prejuízo para os alunos em termos de condições de ensino. Curiosamente, este é ainda um tema da atualidade, que continua a merecer destaque.
Revoltos trinta e cinco anos, foram inúmeros os esforços desenvolvidos visando a melhoraria das condições de ensino. A “biblioteca do antigamente” (outono de 1978), antes de ter sofrido obras de remodelação, era um local onde as estantes se encontravam com uma disposição confusa (apesar da catalogação segundo a National Library of Medicine) por causa da chuva que insistia em infiltrar-se nas instalações. Muitos foram os avanços quer em termos do espaço físico, quer em termos dos serviços disponibilizados para os alunos e docentes. No entanto, apesar de parecer um passado um pouco longínquo, na realidade, alguns dos problemas parecem perpetuar-se na atual biblioteca do Campo Santana, nomeadamente, a reduzida área de estudo, a falta de verbas e de recursos humanos.
“Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce”. Tal como foi avançado na 42ª edição da FRONTAL, os três novos edifícios que pertencem à FCM-NOVA e que se encontram erguidos entre a Calçada do Lavra e o Hospital de São José, estão praticamente prontos a ser utilizados. Após a inauguração que terá lugar no início de Junho, os estudantes da FCM-NOVA poderão utilizar toda uma variedade de espaços e serviços. Será nos pisos 0, -1, -2 do edifício bordô que a “biblioteca do amanhã” irá proporcionar espaços mais flexíveis e dirigidos a um maior número de utilizadores. Globalmente, o espaço da biblioteca irá permitir a presença de cerca de 150 utilizadores, dos quais 110 na sala de leitura que se irá localizar no piso mais inferior.
O piso intermédio atribuído à biblioteca apresenta áreas suspensas sobre o inferior e constitui uma das grandes novidades: os alunos poderão usufruir de gabinetes de estudo individual, em grupo e de pesquisa. Estes espaços poderão também ser usados para formação, workshops e outros.
[pullquote align=”right”]”A leitura não faz o médico mas prepara-lhe o espírito crítico e o engenho para aplicar as verdades de que tem conhecimento” ( Rhazes, 865-925)[/pullquote]O piso que se abre para a Rua do Instituto Bacteriológico terá um espaço de consulta de revistas, pontos de internet e, ainda, o balcão de atendimento da biblioteca (empréstimo, pagamentos e ponto de informação). O espaço central no piso de entrada poderá vir a ser palco de exposições e outros eventos.
A cafetaria sob o Piso 0 foi desenhada para ser um espaço cheio de simplicidade e modernidade e, ao mesmo tempo, acolhedor. Será o local ideal para momentos de reflexão e descontracção, para tomar um café nas pausas entre os longos períodos de estudo e aulas. A arquitectura do edifício foi concebida para possibilitar o contacto visual com o piso da entrada.
A “biblioteca do Amanhã” será mais do que um local de consulta e requisição de livros e outros documentos e acesso às tecnologias de informação e comunicação. O “local onde um dia repousou a Poesia e floresceu a Ciência” (FRONTAL, n.º42) será finalmente convertido no centro da comunidade da FCM-NOVA. É este o desejo da equipa constituída por funcionários e alunos-colaboradores.
[hr]
Agradecimento especial a :
Dra. Maria Amália Marques, atual Coordenadora da Biblioteca da FCM-NOVA, pelo interesse e colaboração na publicação do presente artigo.
Sr. Luís Nobre, funcionário responsável pela área de Bibliometria e Serviço de Referência da Biblioteca da FCM-nNOVA, pela cedência da 3.ª Edição do Jornal “10 de Abril” de 6/11/1978
