2015

internato4

Se 2014 tinha tido um arranque turbulento, o acordar em 2015 foi um ribombar de um trovão antes de uma tempestade. No dia 30 de Janeiro de 2015, no Boletim do Trabalho e Emprego, o Projecto de Decreto-Lei tem a sua “apresentação formal”, com algumas alterações ao que tinha sido proposto nos documentos anteriores. Em primeiro lugar, há que considerar o “regresso” ao intervalo de três anos entre as publicações e o início das medidas propostas; em segundo, a nota mínima é, aparentemente, relegada para segundo plano, esperando por definição numa portaria futura; mais ainda, a partir do primeiro ano de formação é reconhecida autonomia ao médico – restava ainda saber que tipo de formação será esta, quando o Ano Comum tem apenas mais 3 anos de vida. Também o peso da classificação final foi reduzido para 20%, sendo que as classificações finais dos alunos deverão ser equiparadas entre as várias escolas médicas. Esta nova regra de “cálculo” para ingresso no Internato só entrará em vigor com o início da nova prova – ou seja, daqui a três anos.

Num compasso de espera difícil, na ansiedade de quem vê o seu futuro cada vez mais baço e indistinto, os estudantes de Medicina reuniram várias vezes entre Janeiro e Abril, na tentativa de elaborar contrapropostas eficientes e coerentes, tendo em conta os objectivos da formação médica, perante a possível publicação de um Decreto-Lei que viesse, mais uma vez, tirar-lhes o chão de debaixo dos pés.

Até que esse dia chegou.

Artigo anterior2014
Próximo artigoO Novo Decreto-Lei
Joana Moniz Dionísio é uma aluna do 5º ano de Medicina na FCM-NOVA. Apesar de ter nascido em Lisboa, viveu durante toda a sua vida em Alcobaça, até regressar novamente à capital para ingressar no ensino superior. Vem de uma zona conhecida pela sua doçaria conventual, mas as suas paixões e hobbies ignoram por completo a culinária, indo desde a Medicina, Literatura e História Universal até temas como a Cultura Oriental e Música Clássica. É colaboradora da revista FRONTAL desde Março de 2013 e foi no também nos idos de Março do ano seguinte que se tornou editora da secção Cultura. Desde Novembro de 2014 que assegura a função de Editora-Geral da FRONTAL. A autora opta pelo Antigo Acordo Ortográfico.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.