No Reino da Dinamarca

iMed Cabecalho

“Há homens que criam mundos novos – ou que mudam o mundo, tal como o conhecemos. Por isso os admiramos, como génios visionários, como personalidades que foram capazes de antecipar o futuro, trazendo-o para o presente de milhões de seres humanos.”

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa

Não importa onde estejas. Se não contares uma boa história nunca serás recordado. Neurofisiologia: alguém se lembrou de deixar o assunto pendurado nos calabouços do lobo temporal há milhares de anos. A regra é muito simples: o melhor contador de histórias vence. Simples, certo?

Todos nos lembramos imediatamente de uma boa história. Comecemos por exemplos concretos da ficção. A história do pequeno Cristóvão quando, colado ao rosto do seu pai, e observando uma caravela descer uma laranja enquanto se afastava [pullquote]Outras há, bem verdadeiras, no nosso quotidiano, que por vezes superam ou antecipam a ficção… e também não lhes faltam heróis ou feitos inesquecíveis[/pullquote]para o ocidente, aprendeu que o mundo era redondo. Mais conhecida, a história do ditador turco que por cismar que a ocidentalização passava pelo uso do chapéu permitiu às crianças a descoberta das boas que engolem elefantes em forma de chapéu e heróis de caracóis louros – é o livro mais lido em todo o mundo a seguir à Bíblia. Mas é ficção, palavra-chave do mundo novo – e sempre possível – da arte e da literatura. Outras há, bem verdadeiras, no nosso quotidiano, que por vezes superam ou antecipam a ficção… e também não lhes faltam heróis ou feitos inesquecíveis, nem a ligação com a História presente e com o mundo no seu devir. Gostamos de as ouvir – como quem lê um bom livro.

E se as histórias da ciência vierem até nós? O momento não é favorável nem propício a ideias extravagantes, quase ficcionais. Falta tempo, faltam recursos. Mas, como muitas vezes acontece, acaba por se conquistar o monte Evereste ao tentar chegar à Lua. Além disso, aos 20 anos tudo é possível.

É a hora: Agora! A AEFCML vai trazer-vos os maiores cientistas, contadores de história e passadores de sonho. Do sonho lúcido e exigente, aquele que constrói o futuro e cria oportunidades para vocês poderem contar, um dia, a vossa própria [pullquote align=”right”]Todos têm um forte ponto comum – as suas são as mais belas histórias do nosso século[/pullquote]história. Não importa onde os nossos storytellers foram reconhecidos: Paris, Londres, costa leste dos Estados Unidos, Lisboa ou Suécia. Todos têm um forte ponto comum – as suas são as mais belas histórias do nosso século. Por isso movem multidões, por isso queremos que vocês os venham conhecer num ambiente informal de reunião de estudantes de medicina. Vivemos uma época de mudança. Vamos aproveitá-la. Onde serão vocês mesmos reconhecidos um dia? Isso já é da vossa responsabilidade. “Se não sair daqui um prémio Nobel a culpa é toda vossa”. Lembram-se?

Assim começa a nossa história. Fiquem atentos aos próximos capítulos.

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Diogo Cabral é aluno do 5º ano de Medicina. Natural de Mangualde, na Beira Alta, ingressou no ensino superior em 2008 na FCM-NOVA. Actualmente, é vogal suplente da Direcção da Associação de Estudantes e Presidente da Comissão Organizadora do Congresso iMed5.0 – Innovating Medicine. A seu cargo está a secção da revista “no Reino da Dinamarca”, uma coluna do princípio e histórias da comissão organizadora de um congresso com laureados Nobel. Os seus interesses pessoais, além de inovações na Medicina, abrangem a literatura, o teatro, a escrita criativa e o estudo da morfologia vascular.

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