Eis a Questão: Curtas

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Uma ideia, no mínimo, controversa. O que conhecemos até hoje leva-nos a afirmar que a má nutrição prejudica o funcionamento do sistema imune. Mas a equipa de Yasmine Belkaide, investigadora no US National Intitutes of Health em Maryland, descobriu que a privação de vitamina A tem o efeito oposto: melhora a eficácia das barreiras do corpo humano!

É disso um exemplo o intestino, através do aumento das células ILC2 (innate lymphoid type 2 cells, células da linha linfóide que carecem de recetores de células T ou B e que têm um papel importante na homeostasia e inflamação). A investigação de Belkaide chegou a esta conclusão ao provar a relação entre o número destas células (e destas com a carência do já referido nutriente) e o sucesso da reso- lução de infeções causadas por lombrigas nos animais em estudo. Estas descobertas parecem sugerir uma adaptação evolucionária do sistema imune, uma vez que a falta de vitamina A é comum nos locais mais suscetíveis a infeções por lombrigas.

Fonte: Nature 505

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Roland Regoes e Wolf-Dietrich Hardt, do Swiss Federal Institute of Technology, infetaram ratos com Salmonella enterica, tendo de seguida tratado os animais com ciprofloxacina. O resultado esperado, a irradicação do patogéneo, foi obtido em quase todos os órgãos que se encontravam livres de S. enterica. Mas cerca de 10% destas bactérias encontravam-se no interior dos gânglios linfáticos que drenam o intestino, viáveis e em crescimento. Outra pesquisa paralela mostrou que podem também alojar-se no interior dos macrófagos que as fagocitam e que, a partir desses “hiding spots”, conseguem reativar a infeção.

Fonte: Nature 343

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Para contrariar a crença de que as grandes descobertas científicas têm obrigatoriamente que ser de uma complexidade e inovação ex- traordinárias, uma equipa de investigadores do Texas (EUA), apresentou resultados muito prometedores na criação de um substituto artificial do músculo humano. O material utilizado? Nada mais, nada menos do que fio de pesca! Associado a fio de costura (outro material deveras high tech), apresentam a capacidade de gerar cem vezes mais trabalho mecânico que o músculo natural. Uma esperança para o futuro engendrada com os olhos postos no passado.

Fonte: Nature 506

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A conceituada revista Nature pôs-se na linha da frente na defesa da diminução do sofrimento dos animais em laboratório. Assunto velho, não fosse o facto de aqui se defender não só a proteção de mamíferos (como cobaias ou chimpazés, os protagonistas habituais nas campanhas das associações protetoras dos animais), mas igualmente das restantes criaturas de Deus. Efetivamente, um dos seres vivos mais utilizados em experiências de laboratório é o peixe-zebra, nativo do sudoeste dos Himalaias e os métodos utilizados durante e após a experiência (que culmina na morte do animal) têm sido questionados por não serem escolhidos, muitas vezes, os menos dolorosos.

Fonte: Nature 506

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Tadafumi Kato e a sua equipa do RIKEN Brain Science Institute, no Japão, descobriram que elementos móveis do DNA, quando ativados por triggers genéticos ou ambientais, podem impulsionar o desenvolvimento de esquizofrenia. Tadafumi encontrou um número elevado de cópias de um elemento do DNA, L1 retrotransposon, que tende a localizar os genes ligados à esquizofrenia.

Fonte: Nature 507

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