“It’s Leviosa, not Leviosá!” – Feitiços e Doenças

Como Harry veio a descobrir rapidamente, havia mais na magia do que agitar a varinha e dizer algumas palavras estranhas.

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Se a Magia vai mais além do que dizer nomes e juntar peças de animais a uma poção malcheirosa, também a Medicina, ao contrário de como é muitas vezes rotulada, tem todo um mundo além da prescrição de fármacos. Envolve relações interpessoais delicadas, confiança, análises detalhadas de factos, sinais, sintomas, histórias e vivências, que nem sempre são passíveis de escrever e assimilar numa consulta.

Chegamos, assim, à última parte da nossa viagem pelo Mundo Médico e Mágico de Harry Potter. A estação final será um campo que nos é demasiadamente familiar – as doenças – passando primeiro pela alternativa mágica dos nossos procedimentos terapêuticos, os feitiços. Não gostaríamos todos nós de lançar uma maldição Imperius sobre os nossos doentes para que contassem uma história correta e completa sem devaneios desnecessários?

1ª PARTE

3ª PARTE

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Feitiços

Brackium Emendo e Episkey

Assim que Harry se pôs de pé, sentiu-se estranhamente desequilibrado. Inspirou fundo e olhou para baixo. O que ele viu quase o fez desmaiar novamente. A espreitar para fora do seu manto estava o que parecia ser uma luva de borracha espessa e cor da carne. Ele tentou mexer os seus dedos. Nada aconteceu. Lockhart não tinha concertado os ossos de Harry. Ele tinha-os removido.

Harry Potter and the Chamber of Secrets

Quando se quer brilhar em frente a uma multidão de alunos e professores, nada melhor do que fazer desaparecer por inteiro os ossos do braço de um aluno.
Quando se quer brilhar em frente a uma multidão de alunos e professores, nada melhor do que fazer desaparecer por inteiro os ossos do braço de um aluno.

Todos os médicos estão sujeitos a cometer erros, por variados motivos. Apesar de errar ser humano, o erro médico pode ser crucial para os pacientes e que, como tal, não devem ser encarado de ânimo leve. Há que reconhecer o limite das nossas capacidades e conhecimentos e pedir aconselhamento quando sentimos que esse limite está a ser posto à prova.

Pelo contrário, o Professor Gilderoy Lockhart quis brilhar com o que seria um procedimento relativamente simples, mas que, graças à sua incompetência, acabou por se revelar ainda mais doloroso para Harry. Tentando arranjar os ossos partidos do seu braço (que tinha sido alvejado por uma Bludger num dos jogos de Quidditch do 2º Ano) para seu próprio benefício, Lockhart executou mal o feitiço e acabou por os remover completamente do braço do aluno, deixando o membro com uma aparência flácida e mole. A única solução encontrada para esta má prática mágica foi a administração de Skele-Gro, a poção de… crescimento ósseo. A Medicina regenerativa mágica parece estar anos-luz à frente da científica.

Brackium Emendo significa, literalmente, “reparar o braço” em latim. Como poderemos ver, na maioria dos feitiços, os seus nomes são bastante reveladores da sua função. Episkey é uma variante de Brackium Emendo para lesões ósseas mais pequenas, tais como narizes e dedos partidos. Foi utilizado por Nymphadora Tonks em Harry Potter e o Príncipe Misterioso para reparar o nariz partido de Harry, após uma rixa com Draco Malfoy, o seu eterno nemésis. O próprio Harry usou-o posteriormente para reparar uma incisão cutânea no lábio de Demelza Robins, uma Chaser da equipa de Gryffindor, o que implica que este feitiço tem ação também em lesões cutâneas ligeiras.

Obliviate

Obliviate é um dos encantamentos com carga emocional mais pesada de toda a saga cinéfila de Harry Potter. Foi utilizado por Gilderoy Lockhart no Segundo Ano e por Hermione Granger no Sétimo Ano dos heróis da história.
Obliviate é um dos encantamentos com carga emocional mais pesada de toda a saga cinéfila de Harry Potter. Foi utilizado por Gilderoy Lockhart no 2º Ano e por Hermione Granger no 7º Ano dos heróis da história. (imagem retirada aqui)

A palavra Obliviate é, uma vez mais, indicativa da função deste encantamento. Pode ter sido originada do latim oblivio, que significa esquecer, ou da própria palavra inglesa oblivion, com esta mesma origem.

O encantamento da memória é introduzido nesta história pelo Professor Gilderoy Lockhart, que assumiu que o único feitiço que ele realmente sabia executar com distinção era o encantamento Obliviate, o qual tinha usado numa série de aventureiros feiticeiros para lhes poder roubar a glória das suas descobertas. Nenhum dos roubados se lembra de alguma vez ter feito algo de prodigioso, mas Gilderoy Lockhart tornou-se rico e famoso à conta deles. Contudo, nada melhor que dizer que o feitiço se virou (literalmente) contra o feiticeiro: ao usar a varinha avariada de Ron Weasley, Lockhart lançou um poderoso feitiço sobre si próprio, eliminando qualquer memória de si e dos outros. Mais tarde, em Harry Potter e o Príncipe Misterioso, segundo uma das curandeiras que o tratava, ele mantinha a característica de “gostar de dar autógrafos”, sendo um doente muitíssimo afável e simpático. A memória pode ter desaparecido, mas o cerne desta personagem parece ter-se mantido…

Este encantamento é também bastante utilizado pelo Ministério da Magia, que possui obliviators – feiticeiros especializados em apagar memórias. Os obliviators têm como missão apagar a memória de Muggles que presenciem algum tipo de feitiços ou alguma criatura mágica, como um dragão. O incidente mais conhecido de utilização maciça deste encantamento é conhecido como o Incidente de Ilfracombe. Em 1932, um Dragão Verde Comum de Gales atacou um grupo de banhistas em Devon, obrigando a uma um enfeitiçar em grande escala como nunca tinha sido antes feito.

Diagrama para a Doença de Alzheimer
Diagrama para a Doença de Alzheimer

Em Harry Potter e o Cálice de Fogo, Barty Crouch Sr. realiza este encantamento de uma maneira demasiado violenta em Bertha Jorkins, resultando numa perda de memória progressiva crónica desta feiticeira. Estes sintomas comparam-se, de certa maneira, aos verificados na doença de Alzheimer. Nesta doença ocorre uma perda progressiva da memória declarativa, a responsável pela memória de acontecimentos (memória episódica) e conceitos (memória semântica), com manutenção da memória não declarativa até um estado avançado na doença. A memória episódica, codificada no lobo temporal e hipocampo, está particularmente afetada nesta doença, fazendo com que o doente não se recorde de eventos recentes, mas relembre eventos antigos, nos quais a função hipocampal (diminuída nesta doença) não intervém. (Grabowski, T. Clinical manifestations and diagnosis of Alzheimer disease. 2013).

Segundo os livros da saga Harry Potter, a única maneira de reverter um encantamento do esquecimento é sujeitar o individuo que sofreu a perda a uma tortura intensa, com intenção de extrair a memória apagada. Sendo esta a única maneira de reverter o processo de perda cerebral, é plausível que o Hospital de São Mungos para Acidentes e Lesões Mágicas não o utilize: é um comportamento não ético quer para um mundo onde foi ratificada a Declaração de Lisboa quer para o mundo mágico. No entanto certas técnicas controversas de psicoterapia, nas quais se inclui a hipnose e variantes sugestivas da psicanálise parecem promover o resurgimento de memórias não acessíveis, neste caso por mecanismos psicopatológicos e não orgânicos.

É um dos momentos mais dramáticos do sétimo filme da saga. Hermione apaga a sua existência da memória dos pais, impedindo-os de serem perseguidos por Devoradores da morte. (imagem retirada de link)
É um dos momentos mais dramáticos do sétimo filme da saga. Com Obliviate, Hermione apaga a sua existência da memória dos pais, impedindo-os de serem perseguidos por Devoradores da morte. No livro, o feitiço utilizado altera as memórias, ao invés de as apagar. (imagem retirada aqui)

No fundo, Obliviate poderia ser o equivalente mágico para a amnésia, uma deficiência no armazenamento de memórias. Existem vários tipos de amnésia, consoante o tipo de memórias afetadas ou a causa para a perda de memórias. Talvez a amnésia que melhor se assemelhe a este feitiço seja a amnésia pós-traumática. Este tipo de amnésia é provocado por trauma cerebral que lesa estruturas responsáveis pela formação de memórias. Associado a uma componente de choque e stress pós traumático, dependente do evento que originou a amnésia, esta perda de memória envolve quase sempre o esquecimento do acontecimento traumático em si e, frequentemente, dos acontecimentos imediatamente anteriores e posteriores ao trauma. O grau de atingimento das memórias é um indicador da gravidade da lesão, mas nem sempre são proporcionais. (Evans, R. Concussion and mild traumatic brain injury. 2013)

Petrificus Totalus

Quando se tem enfrentar um Cão de Três Cabeças (Fluffy) e o feiticeiro negro mais temível de sempre, não há espaço para hesitações. Mesmo que isso implique ter de paralisar amigos.
Quando se tem enfrentar um Cão de Três Cabeças (Fluffy) e o feiticeiro negro mais temível de sempre, não há espaço para hesitações. Mesmo que isso implique ter de paralisar amigos. (imagem retirada aqui)

Este feitiço é, na verdade, uma maldição que paraliza por completo a vítima. Ao sofrer a maldição, o feiticeiro fica rígido “como uma tábua”, de braços colados ao corpo e pernas juntas. Tanto a consciência como os sentidos da vítima são mantidos. Esta maldição difere da petrificação (como a causada por um basilisco) na medida em que uma simples contra-maldição consegue levantar o encantamento, não sendo necessário recorrer a poções. Um dos momentos mais espectaculares em Harry Potter e a Pedra Filosofal é a execução desta maldição por uma Hermione Granger quase criança, que a inflige em Neville de um modo exemplar.

Neville Longbottom petrificado.
Neville Longbottom petrificado. (imagem retirada de link)

Novamente, é notável a utilização do latim pela autora – petrificus é uma derivação de petra, que significa pedra em latim, e totalus significa, também na mesma língua, inteiro. Trata-se, portanto, de um feitiço capaz de transformar algo inteiramente numa pedra.

Infelizmente para nós a paralisia de um paciente não é tão facilmente revertida – depende inteiramente do estado das estruturas nervosas afetadas e da patologia de base (dano nervoso, esclerose múltipla, poliomielite…). Também pode ser induzida por substâncias tóxicas, como é o caso da toxina botulínica e de certos fármacos em doses excessivas.

Por outro lado este feitiço tem uma grande semelhança ao locked-in syndrome, uma condição de desconexão córticomedular que resulta em paralisia motora total (incluindo afasia), restando apenas a oculomotricidade. Em alguns casos nem isso. Além disso, no síndrome puro, as funções cognitivas estão totalmente preservadas e o paciente encontra-se como que petrificado mas perfeitamente consciente do que se passa à sua volta.

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 Doenças

Even in the wizarding world, hearing voices isn’t a good sign.

Hermione Granger, Harry Potter and the Chamber of Secrets

Ao longo dos 7 anos da saga, Harry sofria de sinais prodrómicos de possessão: suores noturnos, acufenos e alucinações.
Ao longo dos 7 anos da saga, Harry sofria de sinais prodrómicos de possessão: suores noturnos, acufenos e alucinações. (imagem retirada aqui)

Alucinações

Imagine-se a seguinte situação: um adolescente do sexo masculino recorre ao serviço de urgência com queixas recorrentes de cefaleias localizadas na região frontal, acompanhadas de perturbações visuais e auditivas, por vezes acompanhadas de desmaios. A maioria de nós encaminharíamos este rapaz para uma consulta de neurologia, suspeitando de algum tipo de afeção cerebral provocada por uma lesão ocupando espaço ou por um defeito vascular congénito que culminaria em episódios epiléticos ou psicóticos. Porventura, excluindo causas orgânicas, poderíamos estar na presença de um quadro psicopatológico grave, como uma esquizofrenia com um franco componente psicótico e alucinações auditivas e visuais. A favor do diagnóstico teríamos a formação de neologismos incoerentes (“lumos”, “quidditch”, “hogwarts”) e ideias delirantes de grandeza (“sou o escolhido”) ou persecutórias (“estou a ser perseguido por Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado). Contudo, as “alucinações” de Harry Potter têm uma explicação mais fantasiosa e muito menos médica – devem-se a uma ligação psíquica entre a mente de Harry e a de Voldemort!

Apesar de parecer algo digno de livro de História, muitos dos atuais episódios psicóticos e esquizofrénicos continuam a ser rotulados por entidades religiosas como possessão, mesmo quando estão previamente diagnosticadas patologias psiquiátricas (Tajima-Pozo, K. Practicing exorcism in schizophrenia. 2010). Os doentes são então submetidos a “exorcismos” que diminuem a eficácia da terapêutica médica, uma vez que a consciência do doente tem uma grande influência no prognóstico medicamentoso.

Varíola de Dragão

A Estátua de Gunhilda de Goonmore, ou Estátua da Bruxa de Um Só Olho
A Estátua de Gunhilda de Gorsemore, ou Estátua da Bruxa de Um Só Olho, no 3º andar de Hogwarts. (imagem retirada aqui)

Se esta doença tiver algum correspondente patológico no mundo Muggle será algo entre a varíola (como está traduzido) e o sarampo. É uma doença contagiosa, de etiologia desconhecida. Caracteriza-se por, tal como na varíola e no sarampo, provocar lesões cutâneas como vesículas na pele do doente, além de uma coloração patognomónica de pele verde, persistente. Os casos mais simples desta doença são apresentados sob a forma de um eritema de coloração verde a roxa nas pregas interdigitais, além de faíscas a saírem pelas narinas sempre que o doente espirra, como se fosse um dragão (o que lhe valeu o nome). Como em outras patologias infecciosas, os feiticeiros mais idosos são mais susceptíveis à doença.

À semelhança de muitas doenças no mundo Muggle, apesar de esta doença ter uma cura, ainda não foi erradicada. A sua cura foi inventada pela Curandeira Gunhilda de Gorsemoor, entre o século XVI e XVII. A sua falta de beleza era tão conhecida como a sua inteligência. Gunhilda tinha uma cifose acentuada e apenas um olho, mas era uma curandeira extremamente talentosa, capaz de criar uma poção que curou e cura ainda milhares de feiticeiros que sofrem desta doença. Em sua homenagem, foi-lhe erguida uma estátua no 3º andar da Escola de Feitiçaria e Bruxaria de Hogwarts. Ao bater levemente na cifose e dizer Dissendium, abre-se uma passagem secreta que conduz à Loja dos Doces dos Duques em Hogsmeade.

Espatergroitite, Escrofúngulo e Doença do Desaparecimento

A espatergroitite é uma doença cutânea, causada muito possivelmente por um fungo, que gera manchas no rosto e corpo do contagiado. O agente infeccioso pode também instalar-se na orofaringe, impedindo o doente de falar ou deglutir. São descritas pústulas de cor roxa, que podem desfigurar a pele do doente. Tendo em conta que normalmente é aconselhado que o doente infetado permaneça na cama, suspeita-se que seja também uma doença debilitante. É altamente contagiosa e pode ser fatal.

Um curandeiro num quadro no Hospital de São Mungos para Acidentes e Lesões Mágicas aconselhou vivamente Ron a seguir o seu tratamento para a espatergroitite, por ter confundido as sardas no rosto do pobre feiticeiro com as lesões características da doença. Sugeriu-lhe que tirasse o fígado de um sapo, o atasse ao pescoço, e permanecesse despido num barril cheio de olhos de enguias durante uma noite de lua cheia. Ron rejeitou veemente este tratamento, como é o direito de qualquer doente.

Tal como a espatergroitite, o escrofúngulo é também uma doença contagiosa zoonótica. O seu nome pode ter sido derivado de escrófula (scrofula), nome dado à linfadenite cervical provocada por micobactérias, estando associada tanto à tuberculose como a micobactérias não tuberculósicas, como Mycobacterium scrofulaceum.

A doença do desaparecimento é também provocada por um insecto e é contagiosa. Provoca o desaparecimento das partes do corpo infetadas. Estas três doenças são tratadas no 2º piso do Hospital de São Mungos para Acidentes e Lesões Mágicas.

Eat slugs!

Ron Weasley a vomitar lesmas para dentro de um balde, após uma maldição ricochetada.
Ron Weasley a vomitar lesmas para dentro de um balde, após uma maldição ricochetada. (imagem retirada de link)

É incrivelmente cavalheiresco defender a honra de uma menina com um duelo, sobretudo quando ela é o objeto do afeto de um rapaz. O que não fica tão bem neste quadro romântico é o ricochete da maldição enunciada, que obriga o herói galante a vomitar lesmas durante um bom par de horas. Eis a triste história de Ron Weasley que, levando bastante a sério a defesa de Hermione Granger, tentou amaldiçoar Draco Malfoy com lesmas. Graças à sua varinha defeituosa, o feitiço virou-se contra o feiticeiro e acabou por vomitar lesmas.

O tratamento desta maldição foi meramente sintomático. Hagrid estendeu-lhe um balde e esperou que a maldição passasse. Nada de poções, nada de feitiços extra: apenas deixar o corpo fazer o que lhe compete.

Existem várias doenças provocadas por bactérias, vírus e parasitas que dão quadros de náusea e vómito, mas nenhuma parece obrigar o doente a expelir estes simpáticos invertebrados pela boca.

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Muitos dos que começaram a ler Harry Potter em criança são agora adultos, mas o mundo fantástico de Hogwarts, a Escola Mágica de Feitiçaria e Bruxaria, permanecerá para sempre na sua memória como um lugar de velhos sonhos, aventuras e lições.

Como é visível durante a leitura da saga, quase nenhuma doença se assemelha às nossas, tendo facilidades curativas que nós, sem varinha, nunca teremos. Assim, cabe à ciência e à tecnologia colmatar essas falhas.

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Joana Moniz Dionísio é uma aluna do 5º ano de Medicina na FCM-NOVA. Apesar de ter nascido em Lisboa, viveu durante toda a sua vida em Alcobaça, até regressar novamente à capital para ingressar no ensino superior. Vem de uma zona conhecida pela sua doçaria conventual, mas as suas paixões e hobbies ignoram por completo a culinária, indo desde a Medicina, Literatura e História Universal até temas como a Cultura Oriental e Música Clássica. É colaboradora da revista FRONTAL desde Março de 2013 e foi no também nos idos de Março do ano seguinte que se tornou editora da secção Cultura. Desde Novembro de 2014 que assegura a função de Editora-Geral da FRONTAL. A autora opta pelo Antigo Acordo Ortográfico.

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