Qual a importância da revascularização dos nervos periféricos?
Doutora Maria Angélica Roberto
Laboratório de Farmacogia Clínica e Terapêutica, FML
O nervo periférico possui um sistema microvascular bem desenvolvido no epinervo, perinervo e endonervo, sendo a microvascularização a garantia do fornecimento de energia contínua necessária à transmissão do impulso nervoso.
Actualmente os investigadores a nível mundial têm-se preocupado em compreender o que ocorre na clínica em caso de lesão nervosa, traumática ou cirúrgica mas, durante muitos anos, a fibra nervosa só captou o interesse de anatomistas e fisiologistas. O tecido conjuntivo e os vasos sanguíneos dificultavam as análises experimentais e por isso foram afastados de diversos estudos.
Sabendo que na clínica a recuperação nervosa raramente é atingida na totalidade, interessa compreender o fenómeno da regeneração nervosa e que fatores podem nela interferir, com o objectivo de se encontrar a técnica cirúrgica mais correcta para minimizar as sequelas motoras e/ou sensitivas das lesões nervosas, preservando a vascularização nervosa ou restaurando-a.
Neste estudo, para avaliação da regeneração do nervo sujeito a cirurgia experimental, são usadas as seguintes técnicas: diafanização, corrosão para microscopia electrónica de varrimento e a histologia com marcadores específicos para neurofilamentos, endotélio, axónios mielínicos/amielínicos e marcador de tecido conjuntivo. O estudo funcional é conseguido através do walking track analysis (estudo das pegadas) e de técnicas de electrofisiolgia.
Da importância clínica deste estudo, realça-se a revascularização precoce do nervo periférico em caso de lesão ou patologia, como por exemplo, na neuropatia diabética.
O autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico.
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